Os Estados Unidos deram, este sábado, dois dias à BP para encontrar uma forma eficaz de conter a fuga de petróleo no Golfo do México, que começou há quase dois meses.
A Guarda Costeira norte-americana considera que os planos da companhia britânica não chegam para pôr fim ao maior desastre ecológico de sempre na região.
Numa carta enviada à administração da companhia britânica, a Guarda Costeira norte-americana disse que os actuais planos da BP não são suficientes e exigiu que essa situação mude nos próximos dois dias.
A empresa dispõe, assim, de 48 horas para definir com precisão um plano para conter a fuga e dois dias para apresentá-lo, tendo depois que operacionalizá-lo rapidamente.
James Watson, o coordenador federal da Guarda Costeira, deu conta à petrolífera que reuniu informações que indicam que o derrame de crude está a aumentar de forma galopante.
Na carta, em reposta a outra da BP, Watson disse que os esforços da companhia não são suficientes. A BP tinha garantido avançar com uma fase integrada, o que iria permitir extrair de 40 a 50 mil barris por dia do mar.
O coordenador federal da Guarda Costeira esclareceu que essa quantidade não é suficiente, alertou que esse mecanismo implicaria mais um mês de trabalhos, sem sucesso garantido, e deixou um remoque à petrolífera: todos os esforços têm de ser operacionalizados o mais rapidamente possível.
A maré negra no Golfo do México começou a 20 de Abril com a explosão de uma plataforma de petróleo da BP.
Na próxima semana, o presidente da companhia britânica vai encontrar-se com Barack Obama, a pedido do chefe de Estado norte-americano.
Entretanto, Barack Obama garantiu ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, por telefone, que o aumento da pressão sobre a BP por causa da maré negra nada tem a ver com as relações entre os dois países.
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