segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Galp Energia e EDP Renováveis penalizam bolsa nacional

BCP e BPI impediram maiores quedas. O interesse manifestado por duas instituições financeiras chinesas impulsionou os títulos dos dois bancos portugueses.

O principal índice da bolsa nacional ( PSI-20) recuou hoje 0,47% para os 7.881,5 pontos, com quatro títulos em alta, 15 em queda e um inalterado.

O mercado português acompanhou o sentimento negativo dos restantes mercados europeus num dia em que os juros da dívida pública portuguesa e irlandesa renovaram novos máximos.

A taxa de juro que os investidores exigem para deter os títulos de dívida portuguesa a 10 anos já atingiu, durante o dia de hoje, os 6,8%. Uma taxa de juro que levou o prémio de risco da dívida portuguesa face às "bunds" alemãs, que servem de referência na Europa, para um novo máximo histórico de 441,6 pontos base.

Os mercados accionistas do Velho Continente, bem como a evolução da moeda única europeia, não estão a ser indiferentes ao desempenho do mercado da dívida.

O PSI-20 foi um dos índices que mais caiu, a par com o IBEX, que recuou 1,34%, penalizado pelos títulos da Galp Energia e da EDP Renováveis.

A petrolífera recuou 1,50% para os 14,405 euros, num dia em que o preço do petróleo também está em queda nos mercados internacionais e negoceia abaixo dos 88 dólares por barril em Londres.

No sector da energia da EDP Renováveis perdeu 2,44% para os 3,99euros, tendo atingido um mínimo desde Outubro de 2008, ao tocar nos 3,981 euros.

A Portugal Telecom perdeu 0,15% para os 10,015 euros. O sentimento negativo afectou os restantes títulos do sector das telecomunicações. A Zon Multimédia e a Sonaecom foram as cotadas do PSI-20 que mais desvalorizaram ao perderem, respectivamente, 2,97% e 3,75%.

Os acordos de cooperação comercial com congéneres chineses e o interesse manifestado por dois bancos chineses no capital do BPI e o BCP deixaram os títulos das duas cotadas em terreno positivo.

No caso do BPI, o vice-presidente executivo do Bank of China admitiu "discutir a entrada no capital" do banco português.

No caso do BCP, o interesse chega da parte do Industrial and Commercial Bank of China (ICBC). De acordo com o jornal "Público", as duas instituições têm mantido contactos com vista à tomada de posição do maior banco chinês no capital do grupo português. O banco chinês que é também a maior instituição financeira do mundo, por capitalização bolsista, poderá comprar 10% do BCP.

Os analistas qualificam a possível entrada do ICBC no capital do BCP como "positiva", ao colocá-lo numa situação mais confortável e garantindo maior estabilidade accionista.

Este fim-de-semana, durante a visita do presidente chinês Hu Jintao, o BCP e o BPI assinaram acordos de cooperação comercial com congéneres chineses, num aprofundar de relações que visa facilitar a captação de financiamento e de capital no mercado financeiro chinês por parte dos grupos nacionais

As acções do BCP subiram 1,28% para os 0,633 euros e os títulos do BPI ganharam 1,58% para os 1,545 euros.

A Inapa caiu 2,64% para 0,406 euros, tendo tocado no mínimo de Maio de 2009, ao negociar nos 0,40 euros.


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