quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Tecnologia de reconhecimento facial deixa Facebook em apuros

As autoridades alemãs estão a questionar o Facebook devido à utilização da tecnologia de reconhecimento facial da rede social, por alegadamente violar a legislação comunitária relativa à privacidade

As preocupações foram expressas numa carta enviada à empresa de Mark Zuckerberg pela Agência de Protecção de Dados alemã.

Na missiva o organismo alemão, equivalente à portuguesa Comissão Nacional para a Protecção de Dados, aconselha a rede social a implementar a tecnologia de reconhecimento facial apenas com o consentimento dos utilizadores.

Em causa está uma tecnologia de reconhecimento facial, lançada no final de 2010 apenas nos EUA e actualmente disponível nas várias versões locais da rede social, que permite identificar de forma automática as pessoas que aparecem nas fotografias publicadas pelos membros do Facebook.

As dúvidas das autoridades alemãs prendem-se com o facto de ao serem identificados numa determinada fotografia, os utilizadores da rede social acabam por ver os seus dados guardados, sem saberem.

A Agência de Protecção de Dados alemã sublinha que apesar de os cibernautas poderem desactivar a funcionalidade, para que não sejam identificados automaticamente em fotografias, esse procedimento não é suficientemente simples para os utilizadores.

O director do organismo alemão, Johannes Caspar, considera que esta funcionalidade viola a directiva comunitária para a privacidade, que prevê que os dados dos cibernautas apenas sejam guardados com o consentimento dos utilizadores.

O Facebook já reagiu à carta alemã, que dá duas semanas à rede social para responder, num comunicado onde afirma que «vamos analisar os pontos focados pela Agência de Protecção de Dados alemã sobre a funcionalidade de reconhecimento facial, mas rejeitamos qualquer acusação de que não cumprimos as nossas obrigações para com as leis de protecção de dados da União Europeia».

Caso as duas partes não cheguem a acordo, as autoridades alemãs podem vir a multar a rede social até 300 mil euros.

 
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