Bradley Burhouse tem sete anos de idade e foi
proibido de rir devido a um risco de ter um ataque cardíaco. O pequeno
tem uma elevada frequência cardíaca, de 120 a 200 batimentos por minuto,
duas vezes mais rápida do que um adulto em repouso.
Para diminuir os riscos de ter um ataque que o leve à morte, os médicos
ordenaram que ficasse calmo para os batimentos do coração não aumentarem
ainda mais. Portanto, o menino também foi proibido de se exercitar e
brincar com os seus outros três irmãos.
O diagnóstico dado pelos médicos, depois de um colapso de Bradley
enquanto brincava este ano, é de taquicardia ventricular. A doença é
causada por problemas de sinais eléctricos nos ventrículos do coração, o
que faz com que a contracção no órgão seja mais rápida que o normal.
Assim, o coração bombeia o sangue com mais rapidez e os ventrículos não
têm tempo suficiente para encher adequadamente com sangue. A doença pode
causar dores no peito, tonturas e desmaios.
A condição é rara em crianças e costuma aparecer em adultos que já
sofreram de AVC e pode ser corrigida com remédios ou operação.
Entretanto, a cirurgia pode ser fatal pela pouca idade de Bradley.
Medicamentos betabloqueadores geralmente são prescritos, mas caso estes
não funcionem, os médicos avaliam a possibilidade de implantar um
aparelho perto da clavícula, que monitoriza os batimentos cardíacos e
produz sinais eléctricos para corrigir eventuais episódios de
taquicardia ventricular.
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