terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

BCP dispara mais de 8%

Títulos do banco, cuja Assembleia-Geral de Accionistas acaba de terminar, regressaram à fasquia dos 17 cêntimos.

O BCP fechou hoje a escalar 8,28%, para 17 cêntimos por acção – patamar de fecho que não atingia desde a passada terça-feira. A impulsionar os títulos do banco, que vai passar a ser liderado por Nuno Amado (em substituição de Carlos Santos Ferreira), estiveram as alterações hoje aprovadas na Assembleia-Geral.

Dos 132,9 milhões de acções que hoje trocaram de mãos na praça lisboeta, 116 milhões couberam ao BCP. A negociação esteve bastante activa, no dia em que os angolanos da Sonangol passaram a ter um papel mais central no banco.

Pela primeira vez em mais de 25 anos, o maior banco privado português vai ter um conselho de administração alargado, de onde vai emanar uma comissão executiva. Por outro lado, à semelhança da estratégia definida no final do século passado, o grupo vai procurar relançar a sua vocação internacional. Um projecto que, em termos executivos, será liderado por Nuno Amado, até há pouco tempo presidente do Santander Totta.

O BCP registou assim uma subida bastante forte ao longo de toda a sessão, sem se ver abalado pelo anúncio de que o Banco Santander e o KBC Bank chegaram a acordo para a fusão das suas filiais na Polónia – Bank Zachodni WBK e Kredyt Bank. Esta fusão intensificará a concorrência do Bank Millennium – detido pelo BCP na Polónia – no país.

O Bank Millennium é o sexto maior banco da Polónia por activos, com uma rede de mais de 450 sucursais de retalho e 1,1 milhões de clientes. O BCP ainda lançou uma operação para tentar vender esta entidade, mas acabou por desistir da sua venda, mantendo-se a Polónia nos mercados do BCP.

Hoje, a casa de investimento Nomura reviu em baixa a recomendação para o BCP, de “neutral” para “reduzir”, mas o banco esteve sempre a negociar no verde, indiferente às notícias de fora da Assembleia-Geral.

O sector da banca encerrou igualmente em alta no resto da Europa. Por cá, além do BCP, também o BES, BPI e Banif terminaram em terreno positivo.



In' Jornal de Negócios

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