A Austrália anunciou a criação do maior conjunto de reservas marinhas do planeta. No total, os novos parques nacionais cobrem uma área de mais de 2,3 milhões de quilómetros quadrados no oceano, incluindo o Mar de Corais.
Foram colocadas restrições sobre a pesca e a exploração de petróleo e gás na área delimitada, que abrange mais de um terço dos territórios marítimos da Austrália.
A notícia de que o conjunto de reservas seria criado havia sido anunciada em Junho, antecipando a participação da Austrália na conferência ambiental Rio+20, mas somente na quinta-feira o projecto foi aprovado e incorporado à legislação australiana.
Segundo o ministro do Ambiente da Austrália, Tony Burke, a criação das reservas é um momento histórico para a conservação dos oceanos no país e no mundo.
«A Austrália abriga ambientes marinhos incríveis, incluindo o Canion de Perth, no Sudoeste do país, e os deslumbrantes recifes do Mar de Corais. Este anúncio consolida a posição da Austrália como líder mundial em protecção ambiental», disse Burke.
Grupos que defendem os interesses da indústria da pesca na Austrália opuseram-se ferozmente ao projecto, argumentando que representará perdas milionárias para os negócios.
Para compensar as empresas afectadas, Burke anunciou que serão libertados subsídios de 100 milhões de dólares australianos.
Segundo o ministro, as reservas terão um impacto total de menos de 1% do valor da produção das empresas de pesca.
Os grupos pesqueiros, porém, dizem que o impacto será maior e que diversos pescadores podem ser arruinados.
Segundo a organização Australian Marine Alliance, 36 mil postos de trabalho podem ser fechados e a Austrália provavelmente terá de importar peixes e marisco para atender à procura interna.
O líder da oposição, Tony Abbott, apoiou o projecto, mas disse estar preocupado por não terem sido feitas consultas suficientes à sociedade e à comunidade científica antes da sua aprovação.
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