segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Moody’s alerta para aumento do malparado em Espanha

Em Julho, a morosidade de pagamento dos empréstimos à habitação e do crédito concedido a pequenas e médias empresas (PME) em Espanha fixou-se em 11,97%. Face a este valor, a agência de “rating” alerta para as consequências negativas para a banca espanhola, que enfrenta uma “erosão acelerada das receitas” e vê dificultada a tarefa de cumprir com as exigências de capital.

 

O crédito malparado relativo a empréstimos à habitação e a empréstimos a PME (com excepção das empresas do sector imobiliário) registou um “forte aumento” em Junho e Julho.

Segundo os dados do Banco de Espanha, a morosidade de pagamento dos devedores fixou-se em 11,6% em Junho, tendo avançado ainda mais em Julho, para 11,97%. Durante o segundo trimestre do ano, só o crédito malparado dos empréstimos à habitação avançou para 4,9%, quando no final de Março se fixava em 4%.

Face a este atraso crescente no pagamento dos créditos concedidos pelos bancos espanhóis, a Moody’s alerta para as consequências negativas que tal demora acarreta junto da banca.

“Os dados apontam para uma acelerada erosão das receitas da banca e da sua capacidade em cumprir as exigências de capital”, indica a agência de notação, citada pelo “El Mundo”. Em linha com os dados conhecidos, a Moody’s espera que o crédito malparado continue em níveis elevados, em consequência da “persistente debilidade económica” de Espanha.

“Este tipo de activos foi relativamente resistente durante as primeiras fases da crise financeira, mas este aumento trimestral aponta para um aumento dos empréstimos problemáticos”, refere a agência. Como explicação, a Moody’s recorda que a recessão da economia espanhola e os elevados níveis de desemprego “reduziram os rendimentos disponíveis dos tomadores de empréstimos para pagarem as dívidas”.

Apesar das transferências de crédito malparado para a Sociedade de Gestão de Activos Imobiliários Precedentes da Reestruturação Bancária (Sareb), a morosidade das empresas do sector imobiliário também aumentou. No final de Junho, o malparado fixou-se num novo máximo de 30,6%. No final de Março, o valor era de 28%.

“Na nossa opinião, o ajuste antecipado do sector imobiliário ainda não se materializou completamente e a depreciação dos preços dos imóveis vai continuar”, indicam os analistas da Moody’s.




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