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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Cientistas dissecam ursa de 3.500 anos descoberta quase intacta na Sibéria

Uma ursa parda que permaneceu quase perfeitamente preservada nas florestas congeladas do leste da Sibéria por 3.500 anos foi submetida a uma necropsia por uma equipe de cientistas depois que foi descoberta por criadores de renas em uma ilha deserta no Ártico.

"Esta descoberta é absolutamente única: a carcaça completa de uma ursa parda antiga", disse Maxim Cheprasov, chefe de laboratório do Lazarev Mammoth Museum Laboratory da North-Eastern Federal University em Yakutsk, leste da Sibéria.


A ursa foi encontrada por criadores de renas em 2020, projetando-se do permafrost na Ilha Bolshoy Lyakhovsky, parte do arquipélago da Nova Sibéria, a cerca de 4.600 km a leste de Moscou.


As temperaturas extremas ajudaram a preservar os tecidos moles da ursa por 3.460 anos, assim como restos de suas refeições finais - penas de pássaros e plantas. A ursa é descrita como tendo 1,55 metro de altura e quase 78 kg.

"Pela primeira vez, uma carcaça com tecidos moles caiu nas mãos dos cientistas, dando-nos a oportunidade de estudar os órgãos internos e examinar o cérebro", disse Cheprasov.

A equipe científica na Sibéria cortou a dura pele da ursa, permitindo que os cientistas examinassem seu cérebro, órgãos internos e realizassem uma série de estudos celulares, microbiológicos, virológicos e genéticos.

Eles também cortaram seu crânio, usando um aspirador para sugar pó do osso do crânio, antes de extrair seu cérebro.

"A análise genética mostrou que a ursa não difere no DNA mitocondrial do urso moderno do nordeste da Rússia - Yakutia e Chukotka", afirmou Cheprasov.

Ele disse que a ursa provavelmente tinha cerca de 2 a 3 anos. Ela morreu de uma lesão na coluna vertebral.


In'uol.com.br

segunda-feira, 13 de maio de 2019

PARASITAS DE ALIMENTOS COMO O AGRIÃO PODEM SER CHAVE CONTRA O CANCRO

Investigadora portuguesa Mónica Botelho acredita que é fundamental “perceber” como é que estes parasitas causam, promovem e dificultam o aparecimento de tumores nos seres humanos e, consequentemente, “desenvolver novas estratégias” para controlar, tratar e prevenir a malignidade associada algumas infeções.

Cientistas do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde estão a analisar a hipótese de alguns compostos de parasitas presentes em alimentos serem uma “ferramenta terapêutica contra o cancro”.

“Neste momento só temos a evidência de que estes parasitas matam células em cultura. E, agora, vamos ter de estudar as vias pelas quais isto acontece, tentar usar extratos do parasita para avaliar a toxicidade e saber se realmente podem ser usados ou não como uma possível via terapêutica”, disse hoje Mónica Botelho, cientista do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

Mónica Botelho, que falava à agência Lusa a propósito da compilação de artigos recentemente publicada na revista ‘Frontiers’ sobre a relação entre os parasitas e o cancro, salientou que apesar de esta ser “uma investigação ainda embrionária” já permitiu provar que o parasita ‘Fascíola hepática’ “consegue inibir o crescimento de células do cancro in vitro”.

Além deste parasita, presente em alimentos crus como o agrião, alguns investigadores estrangeiros estão também a analisar o “potencial” de outro parasita, o ‘Echinococcus granulosus’, que causa o quisto hidático.

“Não podemos dizer às pessoas para comer alimentos infetados com fascíola, porque isto é um parasita e causa doença. O que estamos a tentar fazer é usar componentes do parasita no sentido de ter mais uma ferramenta terapêutica do cancro”, referiu.
À Lusa, Mónica Botelho, também cientista no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), adiantou que os nove artigos publicados na revista científica ‘Frontiers’, que envolveram 37 especialistas da área, permitiram também salientar como três parasitas helmintas – o ‘Shistosoma heamatobium’, o ‘Opisthorchis vivernini’ e o ‘Clonorchis sinensis’ - são “agentes que causam o cancro”.
De acordo com a investigadora, o parasita ‘Schistosoma heamatobium’, endémico nas zonas de água doce da África e do Médio Oriente, está “associado ao cancro da bexiga” e os restantes parasitas, endémicos na Ásia como é exemplo a Tailândia, estão associados a um cancro “particular” do fígado, o Colangiocarcinoma (cancro dos canais biliares).
Tendo em conta os avanços científicos dados, Mónica Botelho acredita que é fundamental “perceber” como é que estes parasitas causam, promovem e dificultam o aparecimento de tumores nos seres humanos e, consequentemente, “desenvolver novas estratégias” para controlar, tratar e prevenir a malignidade associada à infeção.
“Só conseguimos controlar a infeção, impedindo e prevenindo as mesmas, mas, é muito difícil porque este é um problema cultural. Em África é cultural o contacto com a água, desde crianças a nadar nos lagos e rios às mulheres a lavarem a roupa, por isso, a infeção ocorre desde idade muito jovem. Por sua vez, na Ásia, o peixe cru da família das Carpas que contém o parasita é uma iguaria”, referiu.
A investigadora acredita por isso que só através da implementação de “estratégias de informação e educação” junto das populações locais será possível evitar as infeções, acrescentando que simultaneamente é necessário “o tratamento das águas”.
“Se houver água tratada, este problema não se põe, mas isto continua a ser um cenário que não se vê e as populações continuam a depender da água dos lagos e dos rios. Enquanto o problema da água não for tratado, não há nada a fazer. Isto é um problema que se perpetua”, concluiu.
Se desejar saber a fonte, clique aqui

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Paleontólogo português descobre achados de dinossauro na Gronelândia

O paleontólogo português Octávio Mateus, que integra uma equipa internacional que está até 03 de agosto na Gronelândia, anunciou hoje a descoberta de achados de dinossauro com mais de 200 milhões de anos.

Em nota de imprensa enviada a partir da Gronelândia, a equipa internacional coordenada por cientistas dinamarqueses explicou que Octávio Mateus, paleontólogo do Museu da Lourinhã e investigador da Universidade Nova de Lisboa, «descobriu parte de um esqueleto de um 'fitossauro'».

Trata-se de um dinossauro predador, de cinco metros de comprimento, semelhante a um crocodilo, sendo «o primeiro alguma vez descoberto» na Gronelândia.

O paleontólogo português encontrou ainda uma tartaruga fóssil.

"Qualquer esqueleto descoberto do Triásico [com mais de 200 milhões de anos] da Gronelândia é importante e uma tartaruga é ainda mais, porque é uma das mais antigas, o que ajuda a compreender a origem daqueles animais", disse Octávio Mateus.

Da expedição, resultou ainda a descoberta de um esqueleto de um 'plateosaurus', um dinossauro herbívoro muito comum no Triásico, e centenas de pegadas de dinossauros carnívoros, "extremamente raras".

"A Gronelândia é um local relativamente inexplorado em várias áreas da ciência, uma das quais a paleontologia", afirmou à agência Lusa o paleontólogo, antes de partir para a expedição.

A equipa está desde 10 de julho a escavar na neve, na zona de Jameson Land, um local inóspito no leste da Gronelândia. O grupo foi aqui deixado de helicóptero, após uma viagem desde a Islândia.

Os elementos do grupo foram preparados para enfrentar diversas adversidades, como possíveis ataques de ursos polares, que os obriga, durante a expedição, a aprender a manusear armas de fogo para os afugentar, em caso de ataque, e a efetuar rondas de vigilância para garantir a segurança.


(Se assim o desejar, visite aqui a fonte da informação)