sexta-feira, 30 de julho de 2010

Mesmo com exercício, estar muito tempo sentado diminui esperança de vida

Um estudo promovido pela American Cancer Society, agora divulgado, revela que o risco de morte está ligado ao tempo que cada pessoa passa sentada, mesmo que pratique exercício físico.

Os investigadores da equipa liderada pelo professor Alpa Patel exploraram a associação entre o tempo de lazer que se passa sentado e a mortalidade. E descobriram que quem passava maiores períodos de lazer sentado tinha associado um maior risco de mortalidade, particularmente as mulheres.

As mulheres que revelaram estar mais de seis horas por dia sentadas tinham mais 37% de possibilidade de morrer do que as que se sentavam menos de três horas por dia e, curiosamente, esta relação ficou praticamente igual quando foi acrescentado o factor da actividade física. O risco foi maior para doenças cardiovasculares do que para a mortalidade relacionada com o cancro.

Mas quando combinada com a falta de actividade física, a associação foi ainda mais forte. Quem se sentava mais e praticava menos actividade física tinha maior probabilidade de morrer do que quem se sentava menos e era mais activo: uma percentagem esmagadora para as mulheres, com 94%, e menor, mas muito assinalável, para os homens, com 48%.

«Passar prolongados períodos sentado, independentemente da actividade física, mostrou ter importantes consequências metabólicas e pode influenciar factores como os triglicéridos, colesterol, pressão arterial ou a leptina, que são alguns dos marcadores para a obesidade, doenças cardiovasculares ou outras doenças crónicas» disse Alpa Patel, citado pela American Cancer Society.

Assim, os investigadores concluíram que reduzir o tempo que se passa sentado, independentemente da actividade física praticada, pode melhorar as consequências metabólicas da obesidade.

Para realizar este estudo, foram analisadas as respostas de 123 216 indivíduos (53 440 homens e 69 776 mulheres) sem doenças aparentes e sem história clínica de cancro, ataques cardíacos, tromboses ou doenças respiratórias. O estudo, divulgado no American Journal of Epidemiology, avaliou os hábitos dos participantes entre 1993 e 2006.


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