As receitas de bilheteira do Porto caíram para
metade, passando a ser a quinta fonte de proveitos da SAD, quando, há um
ano, eram a segunda maior. A participação nas provas internacionais
explica, ainda assim, o crescimento global das receitas. O resultado
líquido positivo é conseguido, contudo, com as transferências.
O Futebol Clube do Porto – SAD
conseguiu registar um lucro no seu primeiro semestre fiscal deste ano,
ao contrário do que aconteceu no ano passado. A melhoria deveu-se
sobretudo às transacções de atletas.
O resultado líquido da empresa presidida por Pinto da Costa (na foto) ficou-se nos 6,3 milhões de euros entre Julho e Dezembro, que compara com o prejuízo de 8,9 milhões de euros apresentado no mesmo período do ano passado, informa o Porto em comunicado emitido através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Bilheteiras passam a quinta fonte de receitas
A Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do Porto conseguiu 13% mais
receitas, excluindo os ganhos com os passes de jogadores, entre Julho e
Dezembro do que em igual período do ano passado, ao alcançar os 40,5
milhões de euros.
A rubrica das Provas UEFA (o FCP está nos oitavos-de-final da Liga
dos Campeões) quase duplicou para 11,4 milhões de euros e conseguiu
compensar a descida dos proveitos com bilheteiras.
Num momento de crise no país, em que a economia retrai e o consumo
tem deslizado, a SAD do Porto sentiu uma quebra de praticamente 50% nas
receitas com bilheteiras. No primeiro semestre fiscal de 2011,
obtiveram-se proveitos com bilheteiras de 6,4 milhões de euros, o que
representava 18% do total, sendo, nessa altura, a segunda maior fonte de
receitas. Um ano depois, a bilheteira rende apenas 3,3 milhões de
euros, uma proporção de 8%, sendo agora apenas a quinta mais
representativa.
“A receita de bilheteira caiu efectivamente no período em análise,
quer ao nível da venda de Dragon Seats, como de bilhetes jogo-a-jogo e
cobrança de quotas”, acrescenta o comunicado salientando que, no período
em análise de 2012, houve menos um jogo no Dragão do que no homólogo.
Salários custam mais ao Porto
No campo dos custos operacionais, o aumento de 4% para 45,9 milhões
de euros deveu-se, principalmente, aos custos com o pessoal. Este maior
peso dos custos com pessoal deve-se ao “investimento da equipa com
jogadores com elevada qualidade” e “também à performance desportiva
exemplar da equipa, o que leva ao pagamento de prémios de desempenho
colectivo”. O FCP encontra-se no primeiro lugar da primeira liga de
futebol portuguesa, com os mesmos pontos que o Benfica.
Com maiores custos operacionais que receitas, o resultado operacional
excluindo as transacções de atletas foi negativo na ordem dos 5,4
milhões de euros no primeiro semestre fiscal. No período homólogo, o
resultado operacional tinha sido igualmente negativo, mas de 8,6 milhões
de euros.
Com as transferências de Alvaro Pereira e Hulk, o resultado com
transacções de passes de jogadores subiu e, mesmo contraposto às
amortizações neste segmento, conseguiu levar os resultados operacionais
da SAD azul e branca para os 11,5 milhões de euros entre Julho e
Dezembro, quando eram negativa no período homólogo.
Mesmo com um agravamento dos custos financeiros, esta melhoria
operacional incluindo os proveitos com transferências possibilitou o
lucro neste primeiro semestre fiscal.
Passivo cai e diminui capital próprio negativo
No que diz respeito à situação patrimonial consolidada (não só do
clube, mas também das empresas no seu perímetro como a Porto Estádio), a
FCP- SAD conseguiu verificar uma melhoria.
Os capitais próprios continuaram negativos, na ordem dos 6,4
milhões de euros, resultado de uma descida de 2,6% do passivo para os
217,5 milhões de euros – sendo que a componente do curto prazo perde
peso. O activo melhorou ligeiramente para os 211,2 milhões de euros.
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