sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Bolsas norte-americanas encerraram em queda

As bolsas norte-americanas encerraram em queda e o S&P 500 registou mesmo a maior perda semanal desde Junho.
 
 
O Dow Jones recuou 0,47% para os 15.425,44 pontos, o Nasdaq depreciou 0,25% para os 3.660,108 pontos e o S&P 500 0,36% para os 1.691,39 pontos.
 
As bolsas caíram perante os sinais mais evidentes que a Reserva Federal poderá começar a reduzir o programa de compra de títulos de dívida já a partir de Setembro.
 
 
A pressionar estiveram empresas como a Cisco, que perdeu 0,80% para os 26,05 dólares, e a Home Depot, que depreciou 1,24% para os 79,05 dólares.
 
 

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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Credit Suisse estima que economia portuguesa saiu de recessão no segundo trimestre

Banco helvético é o terceiro a estimar um crescimento positivo da economia portuguesa no segundo trimestre, face aos três meses anteriores. A Zona Euro também deverá ter saído de recessão.
 
O produto interno bruto de Portugal terá crescido 0,3% no segundo trimestre deste ano, de acordo com a estimativa do Credit Suisse, que antecipa a saída de recessão da economia portuguesa e também da Zona Euro.
 
Num relatório publicado esta quinta-feira, onde antecipa os números relativos ao crescimento da economia europeia, que serão divulgados em breve pelo Eurostat, o banco helvético estima “alguma melhoria” nos dados referentes a Portugal e Grécia. “Em particular, esperamos que Portugal tenha saído de recessão, alcançando um crescimento em cadeia de 0,3%”, refere o Credit Suisse no relatório a que o Negócios teve acesso.
 
Uma economia entra em recessão técnica quando regista dois trimestres consecutivos de contracção em cadeia do PIB (o que no caso de Portugal ocorreu no início de 2011), sendo que esse período de recessão termina assim que ocorre um trimestre de variação positiva no PIB.
 
No caso de Portugal, mesmo que se confirme um crescimento do PIB no segundo trimestre, será cedo para decretar o fim da recessão, já que todas as previsões apontam para que na globalidade do ano de 2013 a variação do PIB seja negativa na ordem dos 2% e que um crescimento moderado só será atingido em 2014. E a variação homóloga do PIB no segundo trimestre continuará ainda de sinal negativo.
 
Além do Credit Suisse, também outras duas instituições já estimaram um crescimento do PIB no segundo trimestre, contra os três meses do ano. A Católica antecipa um crescimento de 0,6% e o Montepio aponta para uma variação positiva de 0,4%. Já o BBVA ainda aguarda uma queda do PIB (-0,2%). A estimativa rápida do INE será publicada na próxima semana.
 
A confirmar-se a estimativa de variação positiva do PIB, será interrompido um ciclo de 10 trimestres sempre em queda.
 
PIB da Zona Euro cresce 0,3%
 
Quanto à Zona Euro como um todo, o Credit Suisse também estima uma saída de recessão, com o PIB a crescer 0,3% no segundo trimestre, exactamente a mesma estimativa do que a antecipada para Portugal.
 
“Este resultado reflecte uma clara melhoria observada num alargado conjunto de indicadores (produção industrial, vendas de carros, retalho) registada em todos os países”, refere o Credit Suisse, que antecipa uma continuação da recuperação da economia europeia, embora o “ritmo permaneça tímido”.
 
O banco acredita que a Alemanha e a França serão os principais motores da saída de recessão da economia da Zona Euro, com os PIB destes dois países a registarem subidas de 0,8% e 0,4%, respectivamente.
 
A Grécia deverá continuar em recessão acentuada, embora menos forte do que nos trimestres anteriores. O PIB deverá ter recuado 3% no segundo trimestre, quando nos primeiros três meses do ano tinha contraído 5,6%. Espanha (-0,1%) e Itália (-0,2%) também devem continuar em recessão técnica, embora também a recuperar face aos trimestres anteriores.
 
 
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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Petróleo cai pela quarta sessão consecutiva penalizado pelos receios de retirada de estímulos da Fed

Os preços do crude seguem em queda, apesar das reservas de WTI terem diminuído menos do que o esperado.
 
Os preços do barril de petróleo continuam a recuar, em Londres e em Nova Iorque, na sessão desta quarta-feira.
 
Em Londres, os contratos de venda futura de Brent do Mar do Norte, para Setembro, descem 0,43% para 107,72 dólares, por barril.
 
A tendência negativa é partilhada pelo West Texas Intermediate (WTI), transaccionado em Nova Iorque, que recua 0,29% para 104,99 dólares, por barril. Os futuros de WTI caem pela quarta sessão consecutiva, penalizados pelos receios de que a Reserva Federal norte-americana (Fed) possa retirar estímulos à economia.
 
Dois membros da Fed pronunciaram-se favoravelmente sobre a possibilidade de se começarem a retirar estímulos à economia. Em causa está o programa de compra de activos que tem sido mantido nos 85 mil milhões de dólares por mês. As últimas indicações da Fed apontam para que o programa seja mantido, até que haja sinais claros de recuperação do mercado de trabalho. Esses dados não são ainda visíveis, apesar da queda da taxa de desemprego, para 7,4%.
 
Por outro lado, os inventários das reservas petrolíferas, nos EUA, caíram 1,32 milhões de barris para 363,3 milhões, na última semana, de acordo com o relatório do departamento de energia, do país. As estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg apontavam para uma descida de 1,5 milhões de barris.
 
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Merkel desmente que queira abandonar terceiro mandato antes do fim

A revista "Stern" noticiou que Angela Merkel não tencionava cumprir até ao final o próximo mandato como chanceler, caso seja reeleita. Porta-voz da líder do governo alemão já desmentiu a notícia.
 
Angela Merkel voltou a desmentir uma notícia que dava conta da sua intenção de abandonar o próximo mandato legislativo antes do fim. A chanceler alemã é candidata à reeleição para a liderança do governo da maior economia da Zona Euro.
 
A revista alemã “Stern” avança, esta semana, que “2016 deve ser a data em que ela renúncia, o ano anterior à eleição federal em 2017”, segundo notícia citada pela agência Reuters. A notícia é idêntica a outra que fora adiantada pelo “Bild”, em Abril, e que dava conta de que Merkel poderia demitir-se do cargo em 2015.
 
A semelhança do que ocorreu há quatro meses, a chanceler desmentiu a notícia. O comunicado citado pela agência noticiosa é proveniente do porta-voz de Angela Merkel, que diz que a notícia é “completamente infundada”, referindo o desmentido anterior da chanceler.
 
No desmentido da notícia avançada pelo jornal “Bild”, um dos mais vendidos na Alemanha, Merkel afirmou que pretendia “manter a coligação de centro-direita e trabalhar pelo nosso país e o nosso povo como chanceler durante todo o período legislativo.”
 
 
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terça-feira, 6 de agosto de 2013

Bolsa encerra a cair mais de 1% com PT a desvalorizar mais de 3%

O PSI-20 caiu pela segunda sessão consecutiva, pressionado essencialmente pela PT, Jerónimo Martins e Grupo EDP. Todas as cotadas encerraram em queda ou sem variação.
 
O principal índice da bolsa nacional perdeu 1,05% para os 5.696,64  pontos, com 18 cotadas em queda e duas inalteradas.
 
Nas bolsas europeias o dia também foi de queda, devido aos receios com a retirada de estímulos por parte da Reserva Federal. O Governador da Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, afirmou em entrevista à Market News que se a economia e a criação de emprego recuperar como o previsto, o banco central deverá remover o programa de compra de títulos de dívida.
 
Também o corte de estimativas por parte de várias cotadas europeias - as alemãs Salzgitter e Lanxess - pressionou os índices accionistas.
 
"O mercado nacional foi pressionado pelas quedas mais fortes da Portugal Telecom e Jerónimo Martins, enquanto a banca, que foi pressionada pelos comentários da Fitch, acabou por aliviar dos mínimos do dia", explicou Gualter Pacheco, trader da GoBulling no Porto, em declarações à Reuters. 
 
A Portugal Telecom, que publica os resultados semestraisna próxima semana, foi a cotada que mais pressionou com uma queda de 3,70% para os 2,812 euros. Nas telecomunicações, a Zon Multimédia perdeu 0,18% para os 4,35 euros e a Sonaecom deslizou 1,86% para os 1,74 euros.
 
A Jerónimo Martins também foi determinante para a tendência ao desvalorizar 1,72% para os 14,30 euros, prolongando a tendência negativa que apresenta desde que anunciou os resultados do primeiro semestre.
 
A  pressionar fechou ainda a EDP, que depreciou 1,09% para os 2,634 euros e a sua participada, a EDP Renováveis, que caiu 1,27% para os 3,821 euros. Já a Galp Energia deslizou 0,16% para os 12,50 euros.
 
A banca também pressionou. O BES desvalorizou 0,28% para os 0,725 euros e o Banco BPI depreciou 1,82% para os 0,97 euros. Já o BCP ficou estável nos 0,096 euros.
 
O Goldman Sachs reviu as avaliações do BCP, BES e BPI, após as apresentações de resultados do segundo trimestre. O banco liderado por Ricardo Salgado viu o seu preço-alvo ser elevado em 6% com os analistas a anteciparem a recuperação das receitas.
 
 
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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Banca e Jerónimo levam bolsa a cair pela primeira vez em três sessões

O PSI-20 encerrou a desvalorizar pressionado essencialmente pelo sector da banca e pela Jerónimo Martins.
 
O principal índice da bolsa nacional perdeu 0,34% para os 5.757,19 pontos, com seis acções em alta, dez em queda e quatro inalteradas. Na Europa, os índices negoceiam mistos.
 
Por cá, a Jerónimo Martins foi o título que mais pressionou com uma queda de 1,49% para os 14,55 euros. A dona do Pingo Doce continua a reflectir os resultados do primeiro semestre e a desilusão em relação aos números da Polónia.
 
A banca também foi determinante para a tendência, com o BES a cair 1,89% para os 0,727 euros e com o Banco BPI a perder 0,60% para os 0,988 euros. Já o BCP ficou estável nos 0,096 euros.
 
O Banif, que fechou o semestre com um prejuízo de 196 milhões de euros, também ficou sem variação nos 0,012 euros.
 
A travar maiores perdas esteve o sector energético. A Galp Energia subiu 0,64% para os 12,52 euros enquanto a EDP avançou 0,08% para os 2,663 euros. Já a EDP Renováveis caiu 0,23% para os 3,87 euros.
 
 
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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Ellen DeGeneres apresenta a próxima edição dos Óscares

 

A atriz norte-americana Ellen DeGeneres vai apresentar a próxima edição dos Óscares, função que repete depois de ter apresentado a gala de 2007.
 
"Estamos entusiasmados por termos Ellen à frente dos Óscares", indicaram Craig Zadan e Neil Meron, produtores da cerimónia, em comunicado citado pela agência noticiosa espanhola EFE.
Os produtores da gala destacaram o "dom [de Ellen DeGeneres] para a comédia", assim como a sua "humanidade" e "bondade".
 
A atriz revelou a informação através da rede social Twitter, que foi confirmada minutos depois num comunicado da Academia de Hollywood.
 
DeGeneres, de 55 anos, é uma referência na televisão norte-americana devido a um programa com o seu nome que já ganhou 45 prémios Emmy em 10 temporadas.
 
Descoberta no final da década de 1980 em espetáculos de "stand up", DeGeneres estreou-se na televisão em 1989, na "sitcom" Open House, passando a liderar o seu próprio elenco em Ellen, comédia estreada em 1994, em que desempenhava o papel de uma livreira ("Buy the book").
 
Durante esta série, que foi transmitida em Portugal pela RTP2, DeGeneres viria a revelar a sua homossexualidade.
 
The Ellen Show estreou-se em 2001, ainda no formato de comédia, sucedendo-se The Ellen DeGeneres Show, em 2003, com o formato de "talk show", que se mantém em produção.
 
A 86.ª edição dos Óscares realiza-se a 02 de março de 2014, no teatro Dolby, em Hollywood.



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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Acções do Lloyds disparam mais de 8% após divulgação de resultados positivos

As acções do Lloyds Banking Group, liderado pelo português António Horta Osório, chegaram esta quinta-feira a máximos de mais de dois anos e meio, ao subirem quase 10%, depois de apresentar os primeiros lucros semestrais dos últimos três anos.
 
O comportamento das acções do Lloyds, que terminaram o dia a subir 8,08%, tendo tocado em máximos de mais de dois anos e meio, explica-se essencialmente através de três factores chave: os resultados apresentados relativos ao primeiro semestre do ano, a possibilidade de regresso aos dividendos e a cada vez mais provável saída do Tesouro britânico do capital do banco.
 
As acções avançaram 8,08% para 74 pence, depois de terem estado a avançar 9,42% para 74,92 pence, o que corresponde ao valor mais elevado desde o fecho de 6 de Outubro de 2010.
 
O resultado líquido do Lloyds foi de 1,56 mil milhões de libras (1,8 mil milhões de euros) no primeiro semestre do ano, o que compara com um prejuízo de 697 milhões de libras registado em igual período do ano passado, revelou esta quinta-feira o banco, citado pela Bloomberg.
 
O segundo factor para o bom desempenho dos títulos do banco britânico prende-se com o facto da Bloomberg avançar que o Lloyds poderá voltar a distribuir dividendos, depois do resgate de que foi alvo, em 2009.
 
O terceiro factor está relacionado com a cada vez mais elevada probabilidade do Lloyds se soltar do Estado, através da venda dos 39% de acções que o Tesouro britânico detém no banco.
 
Desde o dia 17 de Maio que as acções do Lloyds ultrapassaram a barreira dos 61 pence, valor a que o Tesouro britânico revelou ser o limite a partir do qual o dinheiro injectado no banco passaria a ser rentável.
 
Desde o início do ano, as acções do Lloyds avançaram 54,44%, ou seja, 26,085 pence, o que torna o banco liderado por Horta Osório um dos com melhor desempenho do mundo em 2013.
 
 
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Galp e EDP ultrapassam Jerónimo Martins no "ranking" das cotadas mais valiosas

No início da semana, e reflectindo o comportamento normal do PSI-20, a Jerónimo Martins era a empresa mais valiosa em bolsa, com uma capitalização de mercado de 10,01 mil milhões de euros. Hoje, quinta-feira, a Galp Energia assume a liderança e a dona dos supermercados Pingo Doce passa directamente para o terceiro posto da lista.
 
De segunda a quinta-feira, as acções da Jerónimo Martins perderam cerca de 1,5 euros por título, fruto de um “fraco conjunto de resultados” no segundo trimestre de 2013 devido ao “pobre” desempenho das vendas na Polónia, que para o Barclays foi o pior de sempre.
 
Esta depreciação de cerca de 9% em menos de três dias levou a uma diminuição da capitalização de mercado de 10,01 mil milhões de euros para 8,99 mil milhões. Este deslize tirou a empresa do primeiro lugar da lista de empresas mais valiosas do PSI-20, sendo agora suplantada pelo Galp Energia e pela EDP, com capitalizações de mercado em torno dos 10 mil milhões.
 
Mas a queda da empresa liderada por Pedro Soares dos Santos já vem de antes da apresentação dos resultados. Há sete dias que os títulos estão a cair, acumulando neste período uma descida acima dos dois dígitos.
 
Com estas quedas recentes, a Jerónimo Martins está negativa no ano. As acções acumulam uma queda de 0,31%, depois de acumularem ganhos nos últimos quatro anos. Por outro lado, a Galp Energia, agora a empresa portuguesa com maior capitalização de mercado, já registou um avanço de 4,59% desde o início do ano, ao passo que a EDP, a segunda da lista, apreciou 16,51%.
 
Polónia desilude
 
As receitas das lojas da Biedronka que estavam abertas há um ano (“like-for-like” ou LfL) ficaram aquém das estimativas, desapontando o mercado. Durante a sessão de ontem, quarta-feira, a dona dos supermercados Pingo Doce chegou a cair 13,9% para 13,50 euros, tocando em mínimos de 31 de Outubro de 2012.
 
Os analistas têm consciência que o fraco desempenho do trimestre reduziu a visibilidade do potencial de crescimento da Biedronka, mas ainda assim acreditam que a unidade está a ganhar o seu espaço na Polónia, devido à sua escala superior, densidade de vendas, e lucros, que deverão assegurar taxas de crescimento respeitáveis num ambiente macroeconómico menos áspero.
 
O BESI decidiu também manter a recomendação de “comprar”, mas reviu em baixa o preço-alvo das acções da Jerónimo Martins para 17 euros, o que confere às acções da empresa um potencial de valorização de 18,13% face ao valor actual de 14,39 euros.
 
Face a estes resultados, os analistas do Citi e do BESI mantiveram a recomendação de “comprar” mas reviram em baixa o preço-alvo da retalhista, de 20 e 18,7 euros para 17 euros, o que lhe confere uma potencial valorização de 16,79% face à cotação actual de 14,555 euros.
 
 
 
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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Bolsa nacional sobe 3% no mês da crise política

Os investidores parecem ter esquecido a crise política que abalou o país e que deixou o futuro de Portugal em suspenso durante três semanas. A bolsa nacional subiu mais de 3% no acumulado do mês, com o BES e a Zon a serem os destaques, ao avançarem mais de 18%.
 
A bolsa nacional fecho o mês de Julho com um ganho de 2,96% para 5.721,46 pontos, interrompendo assim dois meses consecutivos de perdas. Após o comportamento deste mês, o PSI-20 volta a estar em terreno positivo no acumulado do ano, registando uma subida de 1,17%.
 
Este mês foi marcado pela crise política. Foi logo a 1 de Julho que Vítor Gaspar apresentou a sua demissão. A bolsa perdeu 1,5% na terça-feira em reacção à notícia. Mas a “bomba” chegou no dia 2, quando Paulo Portas apresentou a sua demissão por discordar sobre a nomeação de Maria Luís Albuquerque para substituir Gaspar. Nesse dia o PSI-20 ainda chegou a reflectir na última meia hora de negociação, mas foi na quarta-feira que o tombo se deu, levando a bolsa a perder mais de 5%.
 
Contudo, Passos Coelho não aceitou a demissão do então ministro dos Negócios Estrangeiros e anunciou que ia iniciar conversações com o líder do CDS para chegarem a acordo. No final da semana foi entregar uma proposta a Cavaco Silva. No sábado, 6 de Julho, anunciou que o acordo estipulava que Paulo Portas passasse a vice-primeiro-ministro, com a responsabilidade de coordenação económica, coordenação com a troika e a reforma do Estado. Dias depois Cavaco Silva anunciou ao país que não ia agendar eleições e apelou a um entendimento alargado entre os três partidos que assinaram o memorando de entendimento.
 
Os mercados reagiram mal ao facto do Presidente da República não ter aprovado a remodelação do Governo, mas só levaram a bolsa a perder 2%. Em mente tinham o facto de Cavaco Silva ter-se recusado a convocar eleições antecipadas.
 
Mas a acalmia foi até sexta-feira, no dia do debate do Estado da Nação. António José Seguro afirmou que é preciso renegociar o programa. E apesar de nada do que disse ser novo no seu discurso, havia uma alteração: a imprensa internacional estava centrada na realidade nacional e as suas palavras ecoaram por toda a Europa, como se tratasse de uma posição que poderia pôr em risco o cumprimento do memorando de entendimento.
 
Durante a semana seguinte procederam-se as negociações entre os partidos políticos, tendo Seguro anunciado que não havia acordo na sexta-feira, 19 de Julho. No domingo, dia 21, Cavaco Silva fez nova declaração ao país: daria posse ao Governo apresentado por Passos Coelho.
 
Os mercados respiraram de alívio e levaram a bolsa a subir mais de 2% na segunda-feira seguinte.
 
15 cotadas apresentaram resultados
 
Mas não foram apenas os episódios políticos que marcaram o mês. A época de apresentação de resultados começou no dia 19, com a Portucel a dar o tiro de partida.
 
A tendência tem sido maioritariamente de queda, numa altura em que o contexto económico é adverso e em que as empresas estão a encarar dificuldades em fazer crescer as suas receitas.
 
Das 25 cotadas que apresentaram os seus números, apenas seis reportaram melhorias dos seus lucros e quatro cotadas apresentaram mesmo prejuízos.
 
Pela positiva destaque para a Impresa que conseguiu regressar aos lucros no primeiro semestre. Do lado negativo esteve o BES que reportou um prejuízo de 237,4 milhões de euros.
 
BES e Zon sobem mais de 18%
 
As “estrelas” do mês foram o BES e a Zon, ambos com ganhos superiores a 18%. Mas por razões diferentes.
 
O BES tem sido fortemente fustigado este ano pela crise política e pela recente subida das taxas de juro implícita nas obrigações. Apesar da subida de 18% registada ao longo do mês, o banco liderado por Ricardo Salgado continua a acumular uma perda de 18,44% desde o início do ano, pelo que a subida deste mês reflecte o acalmar da crise política – o BES subiu mais de 10% no dia a seguir ao Presidente da República ter anunciado que ia dar posse ao Governo.
 
Já a Zon beneficiou essencialmente de dois factores: melhoria dos resultados semestrais e aprovação por parte da Autoridade da Concorrência da fusão com a Optimus, ainda que com remédios.
 
As acções da operadora liderada por Rodrigo Costa fecharam o mês a valer 4,40 euros, tendo registado um acréscimo de 18,60%. A Zon tocou mesmo no valor mais elevado desde 15 de Janeiro de 2010 ao tocar nos 4,475 euros. Em máximos de 19 de Janeiro de 2010 esteve também a Sonaecom no último dia de negociação. As acções fecharam a valer 1,782 euros, mais 14,45% do que no mês passado, tendo tocado nos 1,847 euros.
 
Do lado oposto esteve o Banif que perdeu 84,95% este mês. A grande quebra foi precisamente no último dia do mês, altura em que passaram a negociar as novas acções provenientes do aumento de capital. O Banif fechou a valer 1,4 cêntimos, depois de ter chegado a perder mais de 78% na sessão para 1 cêntimo. O volume de acções negociadas do Banif disparou esta quarta-feira para 1,42 mil milhões, o que compara com a média de dois milhões de títulos negociados por dia nos últimos seis meses.
 
 
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